1ª Expedição Turismo na Comunidade
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Destino: Maebá
Município de Anchieta – Espírito Santo (ES) – Brasil
Localização – Rodovia do Sol ES-060 entre Meaípe (Guarapari) e Ubu (Anchieta, próximo à Samarco Mineração
Para os ansiosos e preguiçosos, resumão:
Como chegar:
A pé, bike, moto, carro – entrar no ponto de ônibus principal (logo após a lagoa)
De avião, ao chegar no aeroporto de Vitória, pegar ônibus frescão Alvorada Express em frente ao desembarque (atenção aos horários) – descer no ponto de ônibus em frente ao bairro
Atrativos Naturais:
Lagoa de Maebá- segunda maior lagoa do Espírito Santo em extensão
Praia de Maebá
Falésias
Fauna: diversos peixes como tilápia, aves como pato-mergulhão(símbolo de águas limpas), gaivota, garça, galinha d’água azul, siriema, bem-te-vi, beija-flor
Flora: árvores de frutos exóticos (jamelão, murta, pitanga), vegetação litorânea e mata ciliar preservada, aroeira, taboa, coqueiro, eucalipto.
O que fazer:
Pescar
Passeio de barco ou caiaque na Lagoa
Trilhas
Sol se pôr na Lagoa
Sol nascer na Praia
Onde dormir: na escala de roots a nutela (do econômico ao sofisticado)
Camping selvagem
Hospedarias desativadas (combinar com o proprietário)
Em Ubu (bairro ao lado) tem ótimas opções de pousadas e hotéis:
Pousada Pau Brasil (tem mata atlântica no salão do café da manhã)
Casa Jardim Mar (grupos-especializada em Miniweddings)
Hotel Pontal de Ubu (Resort)
Onde e o que comer:
Deck da Lagoa (almoço, pestiscos e lanche com carne artesanal)
Torresmo da Zélia
Para os detalhistas, textão:
Dia 1
Chegamos no sábado e fomos direto para o Restaurante Deck da Lagoa, onde fomos muito bem recebidos pelos proprietários Dina e Nilson e pelo Moises, membro do movimento “Mãos que fazem Maebá” e o responsável por nos apresentar a comunidade.
Pedimos uma porção de tilápia, camarão, banana e batata (tudo frito e muito sequinho), com molho caseiro delicioso. O lugar é simplesmente lindo, com uma vista deslumbrante para a lagoa, muito verde, flores e pássaros. Uma paz! Ótima pedida para quem está estressado. Detalhe, não vende bebida alcoólica, mas você pode levar a sua.
Por volta das 14h fomos apresentados ao Welton que nos conduziria de barco a motor para conhecer a Lagoa. Fomos em 6 pessoas, mas o ideal são 5 para ficar mais confortável.
Primeira parada foi no ponto em frente à Rodovia do Sol, onde descemos, atravessamos a pista até o cantinho do ciclista, ponto de apoio criado pela comunidade com balanço, banco e venda de bebidas. Local Instagramával.
Depois fomos até um braço da lagoa onde as aves (pato-mergulhão e garça) se refugiam do vento. Ao se aproximar, o motor do barco foi desligado e pudemos apreciar o vôo deles. Vimos também um casal de galinha d’água se escondendo entre a taboa, o macho é azul esverdeado (como as cores do pavão) com bico vermelho e a fêmea é preta.
Segunda parada foi na Praia Doce (Guarapari), onde nos foram apresentadas algumas árvores de frutos exóticos, não estava na época, só deu para sentir o perfume pela folha macerada. Vimos bromélias com flores.
Durante o passeio, vimos e ouvimos muitos pássaros. O dia estava lindo, céu azul e sol gostoso, ventava bem pouco. Quando não venta, o espelho d´água proporciona fotos incríveis.
Última parada foi para ver o pôr do sol num outro espaço onde a comunidade fez balanço e bancos. Fomos presenteados com deliciosa água de coco que o Moises abriu ali na hora, sem canudinho.
A paisagem paradisíaca encantou a todos. Vimos casais de papagaios bem ao longe.
Fizemos uma mini trilha até o outro balanço e nessa parte havia ninfeias e um tronco instagramável para fotos de silhueta com espelho d’água.
De volta ao Deck, fechamos o dia com hambúrguer de carne caseira e suco.
Dormimos no Hostel Maebá (atualmente desativado, mas dá para combinar), hospedagem simples, quarto com banheiro. Antes ainda deu para saborear o torresmo da Zélia com uma cervejinha comprada no bar dela que fica quase em frente.
Dia 2
Acordamos às 5h para ver o sol nascer nas falésias.
Foi incrível. Compramos pão e tomamos café no hostel. Depois demos continuidade à aventura.
Pegamos o barco novamente e dessa vez fizemos outras paradas, uma num monte que eu apelidei de monte Urubu da cabeça vermelha, ótimo para os flamenguistas apreciarem seu voo. Só de lembrar que em Colca no Peru acordei às 2h da madruga, passei 7 horas numa van para apreciar o voo do condor (primo rico do urubu), achei bem parecido, menos sofrido e com muito mais atrativos.
Vi duas siriemas, subi na árvore centenária mais velha do bairro (também paguei um passeio em Valdívia no Chile para abraçar uma árvore um pouco mais grossa que essa). A vista desse ponto é bem linda, pois se vê o mar e a lagoa. Outro ponto instagramável, subir na árvore onde os nativos pulam na lagoa (precisa ter cuidado).
Vimos várias pessoas pescando de barco e nas margens, de vara e de rede.
Paramos para fazer uma trilha na mata. A subidinha é íngreme e a trilha é plana. Cuidado com as formigas. Nesse ponto, um repelente vai bem. Comemos coquinho, foram apresentadas muitas espécies nativas. Na descida para voltar ao barco, escorreguei muito, estava de tênis com solado liso demais. Foi divertido e pensei: “podia fazer um skibunda aqui caindo na lagoa”.
Passamos novamente na beira da rodovia para um banho de lagoa e mais uma água de coco na praia.
Voltamos para o Deck da Lagoa e fechamos o finde com uma tradicional Moqueca Capixaba, porque o resto é peixada.
Descansamos na rede e voltamos para casa felizes da vida e numa paz que, sinceramente, eu não sei a sua fé, mas eu parecia que descansava no colo de Jesus (eita rede abençoada)!
Agradecimentos especiais: Moises, Welton, Dina, Nilson e famílias.
Contato com a comunidade: Moises 27-99754-6950
Redação: Cristine Aoni
Muito bom,turismo de qualidade ambiental e social. Parabéns Cristine
Bela matéria, muito interessante!👏🏾👏🏾👏🏾